Este dueto surgiu de um comentário deixado em minha página, pelo poeta Airam Ribeiro, para o texto "Juras Falsas", publicado no Recanto. Eu o publico aqui por falta de alternativa de estilo. A Usina precisa ampliar as opções.
"A SOGRA"
(Airam Ribeiro)
A minha sogra min jurô
Qui nun ia mi pertubá,
Logo qui o padre se mandô
Ela cumeçô resmungá.
Largô logo seu marido
Porque amava muito a filha
Foi percurá outro abrigo
Veja só qui maravilha.!
Jurô dexá nois sozin
Nas ora do gosta gosta
Mais na ora do nosso bonzin
Ela dava batida na porta.
Com essa sogra porreta
Com esse pesadelo eterno,
Nun percizo de capeta
Pra min cutucá no inferno.
Quem quizé minha sogra eu dô, inda pago pra levá. Beijos
Airam Ribeiro
"XÔ, URUBU!"
(Hull de La Fuente)
Meu cumpadi eu lamento
A sogra que ocê ganhô
Pió do que cão sarnento
O capeta a recusô.
O padre saiu correno
Logo após o casamento
D’ água benta se benzeno
Pois a véia era um tormento.
Nem a fia ela poupô
Na noite di aligria
Quase a porta si arriô
Do tanto quela batia.
Ela é fia do tinhoso
E afilhada do capeta
Tem parti cum pedregoso
Ó veia ruim,ranheta.
Num dia de ventania
A carregô o caipora
O genro di aligria
Canta filiz inté agora...