Por algo indefinido
Que o sol determinou
Se sou um rei sem sentido
Devo à leoa o que sou!
Donde venho e aonde estou
Ainda não percebi
Nem sei se cheguei aqui
Por força de Verão em fogo
Mas leão, oh, vê-se logo
Em imponência erguido
Que sou animal temido
De juba personalizado
E líder incontestado
Por algo indefenido.
De Aquário valido,
De Virgem opositor,
Anulo-me por amor
Mas exijo obediência
Porque minha impertinência
Assim me celebrizou
E a natureza dotou
De valentia e nobreza
Para gozar da grandeza
Que o sol determinou.
Um diamante raiou
No viço do meu olhar,
Um rubi pra iluminar
O sangue da vida em ouro,
Ónix é vital tesouro
Que provoco desabrido
Sobre o corpo do vencido
Que por ordem natural
Ninguém sabe bem ou mal
Se sou um rei sem sentido.
Pelo ser me sinto erguido
E me perco arrogante
Em orgulho fascinante
No auge do esplendor
Mas também sofro de amor
Quando por ele me dou
À lua que me enganou
E a rugir reconheço
Que se reino e padeço
Devo à leoa o que sou!