Min cazei cum Zetinha
E caí numa esparrela
Ao contrário da Rosinha
Eu num axêi nada nela
Quando o califon ela tirô
Só tinha pano qui horrô
Xita brim e flanela.
Além do mais num tinha peitio
Tava liso feitio u’a régua
Aí intonci foi o jeitio
Pedií pra ela u’a trégua
Num dismanxêi o casamento
Mais despois tomei intento
Esse trôxa fio du’a égua.
Bancano o bom rapaiz
Os seus peitio num amassei
Cum respeitio e tudo mais
Xupá as teta num pensei
Intão para bancá o ômi
Mandei ela botá selicone
Pra tudo num ficá fêi.
Mais nun tem nium gosto
Pois o leiti num sai não
Eu tô num grande disgosto
Qui inté já fiz u`as oração
Pra mim da mais paciênça
Pra mim tumá u’a tendênça
Pra rezorvê a questão.
Oiano os decote de Rosa
E dos peitão quéla tem
Cunféço num sô de proza
Mim deu um dizejo tomém
De infiá as minha mão
E garrá aqueles peitão
Qui da leiti pra mais de cem.
Cum aqueles peitão
Qui o Heliodoro ta a gamá
Digo qui êçi garotão
Fomi num ia mais passá
Qui mim descurpe a Zetinha
Mais cum os peitio da Rosinha
A vida era só de mamá.
Eu ia tê mais aligria
Na vidinha cotidiana
Eu ia mamá todo dia
Só sete dia na sumana
Ou mamava o ano intêro
Sem nium dizispêro
Num ia cumê mais banana.
Cum aquele leite da Rosinha
Num percizava fera fazê
Cumprava uns quilo de farinha
E de mingau eu ia vivê
Dava um adeus pra Zetinha
Eu ia ficá cum a Rosinha
Mais se Heliodoro num vê.