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Cordel-->Nanda redargüi a Frei Dimão se recusa à rigorosa penitência -- 08/07/2011 - 11:49 (Brazílio) |
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Recebi nesta manhã
Um cordel bem encantado
Que você com toda manha
Me viu cheia de pecado.
Penitência cabeluda
Nunca vi igual assim
Deu-me uma dor aguda:
E onde fica meu festim?
Mandou-me para o convento
Onde é tudo rigoroso
Só porque meu pensamento
Foi um pouco buliçoso.
De manhã na abadia
Toca o sino da capela
E assim começa o dia
Com a reza bem singela.
Depois de rezar as matinas
No trabalho esforçar
Pouco mudam as rotinas
Depois volta a rezar.
O anoitecer agoureiro
Dá escuridão na alma
Agarrada ao travesseiro
Só a oração acalma.
Se no convento vive
Só a rezar e trabalhar
Com a tristeza convive
Sem nada poder festejar?
Dessa penitência tô fora!
Sinto muito, Frei Dimão
Aqui tudo se comemora!
Lá ficarei numa prisão.
Vou ficar sem a balada?
E o forró da sexta-feira?
Ficar enclausurada
Toda vestida de freira?
Peço, por caridade
Cancelar a penitência
Apesar da minha idade
Me sinto na adolescência.
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