O muito que namoraste#
entre o paiol e o portão#
só gerou grande desgaste#
em meio a maior confusão#
E se queres um bom conselho#
di-lo ei pronto, agora#
de tudo o que for vermelho#
segue a frente, vai embora#
De cá ouço o alarido#
e o sofrimento eterno#
de quem não me deu ouvido#
e foi direto pro inferno#
Pega a chance que te dou#
e deixa atrás a concupiscência#
pois neste instante já vou#
ministrando-te a penitência@
Hás de cumpri-la na sacristia@
sob a minha orientação@
e não precisa usar calcinha#
pra lograr a tua absolvição#
Lava e passa meus paramentos#
e fá-lo com toda a humildade#
eles ficaram gosmentos#
pra defender-te a castidade#
Não tenhas ilusão nesta terra#
senão com tudo o que for bento#
e pra vencer esta guerra#
te mandarei pro convento#
Lá tens todas as primícias
que o Senhor propiciou
e evita bem as impudicícias
senão maior penitência te dou...
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