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Cordel-->QUADRAS SOLTAS (Dezoito) -- 23/10/2014 - 11:04 (Armando A. C. Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:143769006416559700
QUADRAS SOLTAS (Dezoito)

Fingindo que não me ama
Ela diz que não me quer
Mas quando vamos pra cama
Eu sou homem, ela é mulher !
---------------------------------
Deixei a vida me levar
Fui ao encontro da morte
Foi o que me fez pensar
Que pobre, nunca tem sorte !
---------------------------------
Projetei felicidade
Prós dias de minha vida
Ó! quanta contrariedade,
Quanta lágrima sentida
----------------------------------
É suplicando que peço
Que voltes ao meu coração
Já levei muitos tropeços.
Este, não quero levar não !
----------------------------------
Eu peço a Deus que não morra
O amor que tenho por ti
Pois se ele morrer, sei agora
Que eu, também, morro por ti
-----------------------------------
Na soma dos desiguais
Uma justiça capenga
Nas hostes dos tribunais
Não somos, mesmo iguais !
-----------------------------------
Muito riso, pouco siso
Chamado de carnaval
Há, é falta de juízo
Depravação animal !
----------------------------------
Tem coisas que a gente sente
Tem coisas que a gente vê
As da alma e do instinto
São coisas para quem crê
-----------------------------------
Espero que a árvore das letras
Não seque no meu jardim
Quero falar outras tretas
Que tenham princípio e fim !
-----------------------------------
O meu drama, é o teu drama
Pouco dinheiro, muita luta
Vivemos na mesma trama
Semelhante a prostituta !
----------------------------------
Como estava sem tempo
Não via o tempo passar
Agora, falta-me tempo
Pra outro tempo encontrar
----------------------------------
Pensei fazer uma trova
Sem saber o que diria
O meu joelho se dobra
Aos pés da virgem Maria
----------------------------------
A Virgem, Nossa Senhora,
Foi a mãe que mais sofreu
Mesmo sem ser pecadora
Seu filho na cruz morreu
----------------------------------
Louvado seja o que crê
Na palavra do Senhor
Cristão é o que tem Fé,
E ora a Deus com fervor
----------------------------------
Mal desponta a madrugada
O sabiá vem me saudar
Tomo banho, faço a barba
Ele, não pára de trinar
É nesta selva de pedra
Que ouço o sabiá cantar
Parece que a fauna não medra
Mas não pára de aumentar
--------------------------------
A biodiversidade
Até parece impossível
Mas creiam, nesta cidade
Aumentando, é incrível !
--------------------------------
Não queiras dar, certamente
Conselhos à minha vida
Se a tua, constantemente
Vive errante e destruída
-------------------------------

São Paulo, 10/06/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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