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Cordel-->SÚDITO DE UM POVO? -- 01/02/2021 - 15:03 (GERMANO CORREIA DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

SÚDITO DE UM POVO?



 



Sou a carência de clareza



Daquilo que às vezes falo



Nunca emprego a sutileza



Bem como nunca me calo



 



Estou sempre a divergir



Dos meus “colaboradores”



E em vez de eu convergir



Instilo alguns dissabores



 



Quero ser o ponto alto



De toda a constelação



E quando há sobressalto



Atropelo a ponderação



 



Já dei minhas caneladas



Nos lugares onde passei



Hoje dou muitas risadas



Do que acham que eu sei



 



Eu sou do jeito que sou



Tosco, rude ou falastrão



Nunca relato aonde vou



Mas sigo a minha legião





Não preciso de holofotes



Só se forem a meu favor



Mas fico atento aos coiotes



Que tentam causar pavor



 



Ontem eu usava bodoque



Hoje o usam contra mim



Ainda que seja a reboque



Pretendo ficar até o fim



 



Quiçá, eu mude esse jeito



De tratar os meus rivais



Sei que não sou perfeito



Muito menos algo a mais





Perdoem-me pela franqueza



Mas sempre fui desse jeito



Mesmo com toda a rudeza



Sinto-me um homem perfeito



 



 



Agradeço a quem me elegeu



Para essa tarefa indigesta



E já que este “cara” sou eu



Sinto-me o dono da festa





Querem me sacar na marra



Mas isso eu não vou deixar



Já que estou dentro da farra



Eu não posso me desleixar





Gosto muito do que eu faço



Mas nem todos o veem assim



E só causo algum embaraço



Quando tentam pisar em mim





Sou esse “cara” resiliente



Que não gosta de se dobrar



Mas se eu fosse “diferente”



Muitos estariam a me cobrar





Resta-me um biênio no poder



Se não houver impedimento



Contudo, o que tiver de ser



Que venha sem sofrimento





O povo não me elegeu a esmo



E nem deve estar arrependido



Eu continuo sendo eu mesmo



Inda que esteja meio perdido



 



Sinto-me súdito deste povo



Que outrora votou em mim



E se vier a confiar de novo



Eu lutarei por ele até o fim



 



Sou a carência de clareza



Daquilo que, às vezes, falo



Nunca emprego a sutileza



Bem como nunca me calo



 



Estou sempre a divergir



Dos meus colaboradores



E em vez de eu convergir



Instilo alguns dissabores



 



Quero ser o ponto alto



De toda a constelação



E quando há sobressalto



Atropelo a ponderação



 



Já dei minhas caneladas



Nos lugares onde passei



Hoje dou muitas risadas



Do que acham que eu sei



 



Eu sou do jeito que sou



Tosco, rude ou falastrão



Nunca relato aonde vou



Mas sigo a minha legião



 



Não preciso de holofotes



Só se forem a meu favor



Mas fico atento aos coiotes



Que tentam causar pavor



 



Ontem eu usava bodoque



Hoje o usam contra mim



Ainda que seja a reboque



Pretendo ficar até o fim



 



Quiçá, eu mude esse jeito



De tratar os meus rivais



Sei que não sou perfeito



Muito menos algo a mais



 



Perdoem-me pela franqueza



Mas sempre fui desse jeito



Mesmo com toda a rudeza



Sinto-me um homem perfeito



 



Agradeço a quem me elegeu



Para essa tarefa indigesta



E já que este “cara” sou eu



Sinto-me o dono da festa



 



Querem me sacar na marra



Mas isso eu não vou deixar



Já que estou dentro da farra



Eu não posso me desleixar



 



Gosto muito do que eu faço



Mas nem todos o veem assim



E só causo algum embaraço



Quando tentam pisar em mim



 



Sou esse “cara” resiliente



Que não gosta de se dobrar



Mas se eu fosse “diferente”



Muitos estariam a me cobrar



 



Resta-me um biênio no poder



Se não houver impedimento



Contudo, o que tiver de ser



Que venha sem sofrimento



 



O povo não me elegeu a esmo



E nem deve estar arrependido



Eu continuo sendo eu mesmo



Inda que esteja meio perdido



 



Sinto-me súdito deste povo



Que outrora votou em mim



E se vier a confiar de novo



Eu lutarei por ele até o fim


Comentarios

Giovana Maria Batista da Silva  - 02/02/2021

Muito bom!!!👏👏👏👏

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