SÃO TANTOS VERSOS PERDIDOS
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30 poetas e poetisas desenvolveram o mote de minha autoria, o
que resultou num CORDEL COLETIVO com 148 estrofes, das quais foram escolhidas.
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Quantos versos são cantados
Ou escritos, mas não são
Guardados como lição,
Pois ficam desperdiçados,
Nem ao menos registrados
Pra uso e conhecimento,
Por falta de alinhamento
Com temas desenvolvidos.
São tantos versos perdidos
E levados pelo vento! (José Massena Dantas)
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Desde Romano a Inácio,
Na memorável peleja,
Até os mais jovens vates
Da poética sertaneja,
Formou-se uma miscelânea
De produção espontânea,
Surgida a cada momento,
De ilustres desconhecidos.
São tantos versos perdidos
E levados pelo vento! (Daudeth Bandeira)
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Os meus primeiros cordéis
Não consegui publicar,
Guardei sem nunca mostrar
Aos famosos menestréis.
Perdi diversos papéis
Daquele antigo momento,
Destruí o pensamento
Nos folhetos concebidos,
São tantos versos perdidos
E levados pelo vento! (Marciano Medeiros)
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Os versos que o vento leva
São levas de leves sonhos
Que geram os tons risonhos
Da paz que surge e se eleva...
Porque desde Adão e Eva
O Verbo é deslumbramento
Que mostra o renascimento
Dos quase já combalidos...
São tantos versos perdidos
E levados pelo vento! (Rubenio Marcelo)
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Se o vento falasse tudo
Que ouvira de tantas bocas
Mentes viveriam ocas
O ser viveria mudo
O vento sem ter estudo
Tem muito discernimento
Ouvir igual ele eu tento
Com diferentes ouvidos
São tantos versos perdidos
E levados pelo vento! (Rubens do Valle)
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