Na era da tecnologia
O cordel está presente
Publicado na Internet
Ele não está diferente
Conserva sua raiz
O povo canta feliz
O poeta está contente.
Em São Paulo ou Nordeste
Ainda tem cordel na praça
No bairro do Braz é festa
Em Caruaru tem quem faça
O cordel está bem ativo
Eu tenho o meu motivo
De fazer cordéis com graça.
Existem bons cordelista
Escrevendo com paixão
E publicando na web
Com igual qualificação
Fazem quadras e sextilhas
Suas décimas maravilhas
E não perdem a raiz não.
Tem médico e engenheiro
Poetas bem qualificados
Fazem como os antigos
Cordéis que são publicados
Em belos sites de poesias
Fazem sempre com alegria
Entram lá e dão o recado.
Tem cordelistas porretas
Sem nenhuma formação
Mas sabem fazer cordéis
Com grande dedicação
Na Internet publicam
O povo gosta, eles ficam
Fazendo sua arte então.
Tem sites especializado
Que só publicam cordéis
Conta a história e divulgam
Os tempos dos coronéis
Mostram livretos e figuras
Desenhos e xilogravuras
De poetas e menestréis.
O cordel vai viajando
Em grande velocidade
Vai para todos países
Mostra a nossa realidade
Na era da tecnologia
A emoção ainda é o guia
E mata a nossa saudade.
Já dizia Ariano Suassuna
O cordel nunca morreu
Nem o cordelista bom
Jamais desapareceu
Agora na Internet
Eu não vou jogar confete
Mas o cordel sobreviveu.
As origens estão mantidas
E os temas estão atuais
Cada dia os fãs aumentam
Todo o dia chega mais
O cordel por computador
É bom como o anterior
É uma tendência eficaz.
O cordel na Internet
Está muito mais acessível
Sua divulgação é maior
Existe cordelista incrível
Ele não vai se elitizar
E todo o povo vai gostar
Sua vinda é irreversível.