A vida do famoso bandoleiro nordestino,
Escrita em literatura de cordel.
Autores: Mestre Egídio e Daniel Fiúza.
Para ilustrar esse capitulo encontrei essa perola de lampião.
Meu rifle é o de dez tiros
Desse de boca amarrada
Cruzeta do ponto branco
D’argolinha pendurada
Cano de aço legitimo
Da culatra reforçada.
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Armas e munição do bando de lampião
Com parte do que roubavam
Lampião armava o bando
De pessoas poderosas
As armas ia comprando
Dos amigos coronéis
Por muitos contos de réis
O preço era um desmando.
Revolver colt police
Um 38 niquelado
O cabo de madrepérola
Pela policia apelidado
De arma colt cavalinho
Não atirava sozinho
Mas era muito utilizado.
Pistola luger modelo 1908
Cano de 04 polegada
Calibre 9 mm – parabelum
Com lampião foi encontrada
No dia de sua morte
Não alterou sua sorte
Nem chegou a ser sacada.
Pistola Browning, m-1910
Só por mulher era usada
7,65 mm - de 3,5 polegadas
Pra ela foi bem adaptada
Como FN era conhecida
Na arma defendia a vida
Com ela era bem treinada.
Fuzil mause- modelo –1908
7 x 57 era o calibre inteiro
Só após de março de 1926
Foi usado por cangaceiro
Era uma arma potente
De longe matava gente
Com tiro muito certeiro.
Tinha o mosquetão mause
O cano curto e belicosa
modelo 1908 - calibre 7 x 57
Era uma arma perigosa
Matava até um elefante
Seu poder era constante
Não estava ali para prosa.
Winchester - modelo 1873
Calibre quarenta e quatro
Tinha o Cano octogonal
Pra matar era um bom prato
Esse rifle tinha um apelido
Papo amarelo conhecido
Com a morte fazia trato.
Usavam grandes punhais
Que pareciam espadas
Enormes laminas mortais
Com bainhas trabalhadas
Sangravam os inimigos
Impondo duros castigos
Armas brancas desgraçadas.
Falamos das vestimentas
E das armas do cangaço
Devemos voltar pras lutas
Ocupando todo o espaço
De onde a história parou
Onde o bando batalhou
Seguindo nesse compasso.
Com essa parte do cordel, quero homenagear meu amigo paulista-cearense.
O grande poeta e cordelista: Manoel Antonio Bomfim; La de Fortaleza.