Rubêno macelo é um
Cantadô bem apreparádo,
Cabra bem apessôado
Cum êle num têm lundum.
Parece un casá de anum
Cantando dentro dum fole,
Um tôro raça nelore,
Um trem de ferro apitando,
Um aribú arrevoado,
Quém fô pôdre qui si tore.
É um hôme de ciênça
Qui estudô na facurdade,
Escreve pru tê vontade,
Disunera a paciênça.
Num gosta de disavênça,
É iguá a um macabêu,
Cabra macho quiném Eu,
Ficô atráz da muriga
I findô matando a míngua
O bicho qui lhe mordeu.
Tem cuma mãe verdadêra
Uma repentista de cachola,
Qui dêdilhando a viola
Num improvisa bêstêra.
Muita boa cantadêra
Qui muito macho invejava,
Seu improviso alembrava
Um anjo do céu cantando,
Hoje eu dela mi alembrando
As lágrima inté mi móiava.
Dispois de Chica Barrosa
Ela foi segundamente
A muié mais competente
Quá cantadora foimosa.
Chêrava cuma uma rosa,
Era bunita i tão facêra
E à viola companhêra,
No dia qui dêdilhava
Mêrmo sem querê parava
Os movimento das Fêra.
Purisso o dotô Rubêno
Tem essa dispusição,
É forte cuma um leião,
Tamém num era pré mêno.
Escuitem o qui tô dizêno,
Qui é verdade verdadêra,
Êle é cuma uma varejêra
Qui vôa azú, e cum assubío,
E muito o orguia sê fío
De Nênzinha di Olivêra.
Rubêno, meu nôvo amigo, qui Deus abênçôi Tu e tua famía.
Dá lemprança Prá Nênzinha e diz praela qui o Prêto Véí continua cum o fôigo de sete gato.