Autor: Daniel Fiúza
01/01/2000
03/06/2002
Minha querida Bisnara, tu vais,
A felicidade nem sempre é pura
Os males se perpetuam mais
Gozemos, pois agora a aventura
Não se importe com a desgraça
Os deuses protegem os amantes
Se vista com deusa na sua graça
Da nossa diferença não te espantes.
Que o negro do mundo seja suave
E não nos roube nossa parceria
Dentro de nós a nossa vida cabe
Dentro da vida cabe a alegria
Sem desfazer da nossa rica sorte
Que o tempo vai nos atrelando
Para nosso destino vão mandando
Anjos, que nos seguem até a morte.
Que o destino conosco seja piedoso
Não lance o fogo da discórdia, irado,
Quero-te amada num amor fogoso
Nos teus momentos morrer encantado
Sonoros gritos despertam os corações
Nas tuas cadencias batem compassados
Em uníssono, vibram teus pecados
Nos nossos corpos mostra as paixões.
Vem viver esse amor, querida Bisnara
Nos nossos corpos nus, vamos orar,
Como discípulos da nossa própria tara
Nesses loucos prazeres vamos gozar
Nosso inimigo, o tempo impiedoso
Paira tenebroso nas nossas cabeças
E antes que o frio medo cresça
Louvemos esse amor tão poderoso.