Depois do fim do dilúvio
A terra foi repovoada
Nenhuma diferença havia
A linguagem era unificada
Viviam na boa harmonia
Todo mundo se entendia
Só uma língua era falada.
De Noé os descendentes
De geração em geração
Vivendo sempre na paz
Nunca faziam confusão
Chegaram no vale Sinear
Ali eles resolveram parar
Pra fazer uma construção.
Construíram uma cidade
Queriam uma torre colossal
Com o seu cume no céu
Tentado chegar no imortal
Para serem iguais a Deus
Nunca pensaram nos seus
E perderam toda a moral.
Deus vendo aquelas obras
Ficou bravo e interferiu
Queria mostra ao homem
Uma idéia que lhe surgiu
Criou a grande confusão
Ninguém se entendia não
E nada mais certo subiu.
Pediam pra subir tijolo
Mandavam somente telha
Quando um falava vaca
O outro entendia ovelha
A coisa se complicou
Toda aquela obra parou
A discórdia era a centelha.
Nunca terminaram a torre
Na boca criaram íngua
Tentando bem se entender
No entendimento a míngua
Alguns grupos se reuniram
E logo do lugar partiram
Cada grupo com sua língua.
Formaram tribos e cidades
Na torre tudo se emperra
Cada língua com seu povo
Cada povo na sua terra
Assim mostrou o senhor
Ninguém supera o criador
Querendo ele tudo encerra.