Valei-me nossa senhora
Deu a gota no cordel
Pois apareceu um doido
Que morava no pinel
Seu juízo é de resina
E a sua língua é ferina
Com o recheio de fel.
Onde é pra ter poesia
Ele vomita besteira
Escreve como quem ta
No mato com caganeira
C’uma conversa sem graça
E em todo canto que passa
Deixa aquela meladeira.
Aqui nunca fez um verso
Nem outra coisa também
Tudo que diz é tolice
Até quando razão tem
Anda desacreditado
Porque mente e fala errado
Sem agradar a ninguém.
Eu não sei como é que pode
Numa pessoa somente
Tanto pensamento torto
Saindo da mesma mente
Eu juro que não entendo
Pois tá todo mundo vendo
Sua postura demente.
A pena é que me da pena
De quem não tem argumento
Parte logo pra brigar
Pois não tem discernimento
É cronista de almanaque
Escritorzim de aráque
Fraco no convencimento.
Não quero me alongar
Neste teminha sem graça
E aos amigos poetas
Visitantes desta praça
Expresso de coração
A minha admiração
Pela estirpe da raça.
Porem quanto ao dito cujo
Que só se expressa errado
É bom ter mais compostura
E um texto mais adequado
Ou ao invés de escrever
Devia é cuidar em ler
Para ser mais informado.