Convencionou-se que tivéssemos duas mãos
Talvez para ir e vir.
A mão que vai
A mão que vem.
Sempre duas mãos.
A mão direita que trabalha,
troca marcha,
segura o volante,
dita ordens.
A mão esquerda canalha
vai pra fora se divertindo
com o tempo
com o vento
gestos obscenos
irritando todo mundo.
Na vida inteira
não vi nada diferente.
Sempre duas mãos
Num constante ir e vir.
Canalhas e folgados de um lado
trabalhadores e honestos burros de
carga do outro
Uma coisa também percebi
A mão direita sempre se masturba mais
A mão esquerda sempre estropiada
Coisa do destino ou
Verdade que não se quer ver.
"Em tempo para os maus entendedores: sou completamente Apolítico"