Sou branco com olhos claros
Mas tenho sangue africano;
Isto me ajuda, ó preclaros,
A me sentir muito humano.
A questão da negritude
Não me agrada ao coração
Não pretendo aqui ser rude
Não me agrada esta é a razão
Tenho sangue de africano
Correndo no coração
Com um bisavô baiano
Tataravô alemão
Mas a maior porcentagem
É de sangue português
Isto me faz com vantagem
Ser brasileiro de vez
Não há rima para "ãe"! /
E há outra coisa bacana: /
A nossa primeira mãe, /
foi nossa mãe africana! /
Independente da cor |
Índio, europeu, africano |
Cada qual com sua cor |
Dignifica o ser humano |
Mas vamos mudar de assunto, |
Isto me importa dizer: |
Só não se cobra a defunto, |
Que é carcaça, o mais crescer |
Ao chegar ao outro mundo |
Numa nova dimensão |
Nosso valor mais profundo |
Levamos no coração |
Obs. Para quem não saiba: "cor", em Latim quer dizer coração. Coração, para os orientais, inclusive para os escrsitores co-autores da Bíblia, é o mais profundo do ser humano: o além da consciêcia, o Espírito que habita em nós, também autor das Escrituras.
A pronúncia é a berta, tal qual na expressão: saber de cor, onde há uma demonstração de ter a palavra "coração", mesmo para nós, o sentido do mais profundo do ser humano.