Daniel Fiúza Pequeno,
e amantes do cordel,
vou contar-lhes o que vi
e o que veio lá do céu
em forma de ventania,
aqui nessa cercania,
o maior sarapatel.
Foi em Santa Maria,
depois desse vendaval,
muitos perderam muito,
da riqueza temporal,
em três minutos raros,
chuvas, e desamparos,
fizeram o “carnaval”.
Poste caindo em carro
gente pedindo ajuda
casas se destelhando,
foi um Deus-nos-acuda,
de choro com lamúria
e a natureza em fúria
revelando sua muda.
Não fiquei no prejuízo
mas fiquei sem a tv
não liguei a luz de casa
nem liguei o meu pc
o telefone emudeceu
a linha desapareceu
e eu não pude escrever.
Passado o turumbamba,
tudo se organizou,
a luz deu sua graça,
minha casa iluminou,
no Usina acessei,
e o que foi que constatei?
Outro “vendaval” passou.
PARTE II
Outro vendaval passou,
e a calmaria veio
houve outra altercação,
o negócio tava feio,
mas a beleza surgiu,
e humildade eclodiu,
no cordel se fez esteio.
A poetiza repensou,
no ato da meditação,
e em palavras descreveu,
o momento da tensão,
coisa que o sentimento,
vai corroendo por dentro,
mas, chegou à contrição.
Retirei a minha parte
cheia de retaliação
o que prima aqui é arte
que rima co’ educação,
a poetiza agiu direito,
vou lhe dar o meu respeito,
como antes era então.
Uma vez mais eu saúdo,
aos amigos desse espaço,
e a todos, eu convido,
para darem um abraço,
na poetiza Milene,
que num ato tão solene,
desmanchou o nó do laço.