Carta aos mestres e amigos do Cordel
(por Domingos Oliveira Medeiros)
A nossa companheira Milene deixou por escrito as razões de ordem pessoal que a levaram a reconhecer os excessos e os destemperos verbais cometidos nesta Usina de companheiros. Não nos cabe, agora, fazer julgamento do que passou. Diante da atitude corajosa da companheira, permito-me a sugestão de que seu pleito, implícito, seja aceito por todos, inaugurando uma nova fase de relacionamento.
Quando perdoamos, nos libertamos da escravidão produzida pelo ódio e pelo ressentimento. E tiramos um “peso’ de nossas costas. Deus nos fez livres e, portanto, capazes de amá-lo ou de ofendê-lo mediante nossas faltas ou nossas escolhas em desacordo com os seus ensinamentos.
Ele pode perdoar-nos se nos arrependermos, mas antes estabeleceu um condição : “que antes perdoemos nós ao próximo que nos tenha ofendido.”
“Enquanto os escribas e fariseus acusam uma mulher surpreendida em adultério, Jesus concede-lhe o perdão e recomenda-lhe que não peque mais ( Jo 8, 3-11); quando lhe levam um paralítico numa cama para que o cure, antes perdoa-lhe os pecados (cfr. Mc2,5); quando Pedro o nega por três vezes, apesar de ter sido advertido, Jesus olha-o, fá-lo reagir (Lc 22, 56-60); e não somente o perdoa, mas devolve-lhe toda a confiança, pondo-o à frente da Igreja.” (*)
(*) Do Ressentimento ao Perdão- Francisco Ugarte. Ed. Quadrante.