Aquele peido mal dado
Em ocasiões remotas
Deixa o povo corado
E com as pernas tortas
Todo mundo se junta
Fazem a mesma pergunta
E ninguém acha resposta
Tem o peido surdo
Dado no elevador
É um sujeito mudo
A gente sente o fedor
Uma grande inquietação
Bate forte o coração
Com cheiro avassalador
O peido barulhento
Forte como trovão
É um peido fedorento
Que arrasa quarteirão
Todo mundo se assusta
Uma incidência robusta
Um estouro de rojão
Outro peido barulhento
Um brrumm comprido
Um cheiro pestilento
De quem está contraído
O sujeito fica aliviado
Com olhar envidraçado
Pois era um peido retido
Curtido na solidão
Tem o peido silencioso
Faz bem ao coração
É um traque fantasioso
A gente curte o cheiro
Parecido com o bueiro
Mas de aroma precioso
E velho peido fininho
As arestas fazem festa
É longo forte e baixinho
Quase ninguém contesta
É um cheiro abrangente
Toma conta do ambiente
É devastador de floresta
E a líquida tragédia
O peido mal-acabado
Desastre fora da média
É aquele todo molhado
Você fica muito sereno
Sente o mundo pequeno
Mas está todo cagado