Vem de longe essa peleja
dos cabra cum suas dama
por elas, que mais num seja
se enrolam nas própria trama
com medo de levar chifre
nas lida de muié livre
se escondem debai da cama.
Cum Danié num é assim
de mim ele num tem medo
sabe bem que eu mordo sim
mas ele chega mais cedo
me ensina e comigo aprende
das manhas que mais se invente
conhece onde mete o dedo.
Consegue unir poesia
nas brigas entre os lençol
tem brio, tem galhardia
me traz o calor do sol
sua marca registrada
é entender que a amada
num é só um baby-doll.
Esse cabra é carinhoso
mas tem veneno nas veia
dá um beijo ardoroso
um fogo que me incendeia
tem nos braços o aconchego
nos abraços o chamego
e nas pernas sua teia.
Ele é doce como o mel
ardido feito pimenta
dá mil surras no cordel
na paixão ele arrebenta
tem sensível o coração
mas na briga põe no chão
quem a ele muito atenta.
Aliado do danado
tem um anjo protetor
carrega um corpo fechado
seu destino é um esplendor
na reza ele me mata
por isso sou sua beata
sou santa do seu andor.
A beleza do Fiúza
transcende os traços da face
só revela à sua musa
aquela por quem matasse
é por isso que eu lhes digo
cês num conhece o perigo
que há nesse desenlace.