Eu não posso cordelar
Com quem faz apelação
E por falta de assunto
Apela pro palavrão
Não tendo nome de gente
Sendo animal indecente
Vivendo abaixo do chão.
Aqui é um site do bem
De dama e cavalheiro
Não se usa a baixaria
Pra cantar no terreiro
Não é para rima pobre
Aqui só tem cordel nobre
Não é lugar pra fuleiro.
O bicho que não tem dente
Faz a rima atrapalhada
É o lixeiro da floresta
Na cabeça não tem nada
Não merece respeito
Por isso não tem direito
De se meter na parada.
Lili falou para todos
O que ela pensa de mim
O peba babou de inveja
Por não atingir seu fim
Matei de raiva o tinhoso
E achei mais gostoso
Do que mel com aipim.
O mundo inteiro já sabe
Como tirar do buraco
O peba que está dentro
Pra depois ir pro saco
A posição né segredo
Ele gosta de leva dedo
E se prepara pro taco.
Peba gosta de carniça
Eu gosto da Lílian Maial
Por isso não interessa
Cordelar com animal
Eu sigo outro caminho
E ele vai falar sozinho
Como todo anormal.
Que ele procure outro
Que coma na sua baia
Ou vá vestir um vestido
Pois só gosto de saia
Se o cordelista é peba
Sendo um reles pereba
Fiquei lá com sua laia.
Com esse cordel ponho um ponto final nessa peleja. Pelos seguintes motivos: Sem um nome concreto e um currículo fica muito difícil se entusiasmar. E também, não duelo com quem coloca palavrões, coisas toscas, religião, política ou futebol no meio. Termos pejorativos foram alijados definitivamente do cordel por aqui.