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Cordel-->O PAINEL DO SENADO -- 19/12/2002 - 16:02 (ANTONIO VICENTE DOS SANTOS) |
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O PAINEL AMALDIÇOADO DO SENADO
Foi um furo de reportagem
E deu um furdunço danado.
No dia que violaram
O painel do senado.
A notícia foi mais rápida
Que um coelho que foge.
E logo achou um culpado,
Doutora Regina Borges.
Que tratou de se defender,
Bem lá por baixo dos panos.
E mandou a batata quente,
Para o ninho dos tucanos.
Passarinho bem traíra,
Que de bobo não tem nada.
tentou livrar-se da culpa,
Com uma estória furada.
Lá na tribuna falou,
Pra todo mundo presente,
E até jurou pelo filho,
De que era inocente.
No outro dia voltou,
E o caso foi complicado,
Daí jurava por Deus.
De que era então culpado.
Mas não estava sozinho
Nesta sua empleitada,
Pois partiu de peixe grande
A tarefa encomendada.
Então quiseram saber
Quem era o pai da criança,
E quem foi o responsável
Por toda essa lambança.
Nem precisou procurar
Surgiu logo uma certeza,
Que só podia ser coisa
De Toninho malvadeza.
Político da velha guarda
Cacique de mão-de-ferro.
E que domina os seus súditos
A socos, tapas e berros.
A revelação foi bomba
Que fez estrago e surpresa
Pois atingiu a política
No topo da realeza.
Aí começou a briga
Formou-se a confusão,
Então entrou a imprensa
Que é o câncer da nação.
Publicando, aumentando e distorcendo
Vem chegando a galope,
Vendendo até a mãe
Para subir no ibope.
Tem o poder de um Deus,
É a dona da verdade,
Mas no fundo; é prostituta
Pregando a castidade.
Só sei que depois de tudo,
O circo então foi armado,
E usado como desculpas,
Para parar o Senado.
Começa a investigação,
E o clima fica quente
Porem o que mais se encontra
É Senador inocente.
Um diz que não tem lista,
O outro diz que não viu
E com isso manda o povo,
Para a puta que o pariu.
A peleia se arrasta,
Para traz e para frente
Cada vez fica mais duro
Pra descobrir quem mais mente.
Então a conversa muda
Eu peguei a lista sim
Mas dei só uma olhadinha
E nela já dei um fim.
A entreguei ao patrão
Que encomendou a barganha
Que logo agradeceu
A autora da façanha.
Que se defendeu dizendo
Com uma voz de acorde
Que nada havia feito
Além de cumprir uma ordem.
Briga vai e briga vem
E o caso sem solução
Não nos resta outra saída
Só mesmo acariação.
Mas que palavra é essa?
Pergunta um cidadão
Vítima dos mesmos patifes
Que não lhe deram educação.
Que dá um duro danado
Pelo o arroz e feijão
E atende anonimamente
Pelo co-de-nome João.
Acariação!
Respondeu outro vivente
É colocar os acusados
Olhando-se frente a frente.
Daí então deu-se o ato
Foi aquela palhaçada
Riram da cara do povo
Que não entendia nada.
Bateram na mesma tecla
Falando a tarde inteira
E por mais que inventassem
Era a mesma besteira.
Mas para a vida de todos
Isso não baixa nem iça
E vai acabar terminando
Em um pedaço de pizza.
e como tudo no Brasil
Nada vem a transparecer
Esse escândalo espera outro
Para desaparecer.
Assim foi ultimamente
Como um jogo de baralho
O escândalo do Painel
Apagou o do baralho.
Mas, afinal para que isso?
Será que valeu apenas?
Só para saber do voto
Da dona Luíza Helena.
Se arrependimento matasse
Muita gente morreria
E por mais Painel que vissem
Jamais o violaria.
Antônio Vicente dos Santos - Campo Grande-MS |
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