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Cordel-->O coice da mula. -- 10/01/2003 - 01:31 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O coice da mula.



Autor: Daniel Fiúza.
10/01/2003


Raimundo nonato silva
Tinha como seu vizinho
A fazenda do compadre
Por nome de salgadinho
Morava um casal amigo
E vindo dum tempo antigo
Chamado Sara e Nezinho.

Raimundo era viúvo
Tava fazendo um tempão
Nunca quis casar de novo
Vivia como ermitão
Virava-se com cabrita
Lá no chatô da Sarita
Pra matar sua solidão.

Nezinho era seu amigo
Muito antes de casar
Eles cresceram juntos
Sempre no mesmo lugar
A amizade consolidou
Com o tempo que passou
Ela só fez aumentar.

Raimundo percebeu algo
Quando Sara lhe olhava
Era um olhar de cobiça
Seu pêlo se arrepiava
Sentiu quela lhe queira
No começo deu agonia
Mas agora apreciava.

Todas as quartas feiras
Seu compadre viajava
Fazer compras na cidade
No seu jipe se mandava
Era sua oportunidade
Quando ele fosse a cidade
Raimundo aproveitava.

Oculto Raimundo esperou
Seô Nezinho se mandar
O tempo dele sumir
Logo resolveu entrar
Queria catar a sara
E sem vergonha na cara
Resolveu se arriscar.

Ao entrar na casa grande
Foi logo para a cozinha
E vendo a Sara de costa
Naquele lugar sozinha
A comadre ele agarrou
Pelas costas ele catou
Sem chance pra pobrezinha.

Sara mexia o feijão
Tomou um susto profundo
Desceu à colher de pau
Na cabeça do Raimundo
E na força abriu um vão
Desceu sangue a borbotão
Daquela brecha oriundo.

Raimundo saiu correndo
Mas parou na porteira
Nezinho esqueceu algo
Quando saiu na carreira
Voltando para buscar
E vendo o amigo a sangrar
Quis saber da bobeira.

Com medo Raimundo calou
Ficou mudo sem falar
Nessas horas difíceis
É muito melhor calar
A Sara chegou e disse:
- Foi um coice da Cleonice
Nossa mula ao se zangar.

Aproveitando a deixa
Raimundinho emendou:
- Essa mula é muito brava
Até me deu um pavor
Ninguém pode chegar perto
É preciso ser esperto
Pra não sofrer suador.

Nezinho falou pra sara:
- Do compadre vá cuidar
Vou pegar o que esqueci
E pra cidade voltar
Faça nele um curativo
Não dê pra ele o motivo
De aqui não mais voltar.

E fazendo o curativo
Dona sara assim falou:
- A mula né brava não
Foi você que assustou
Chegou assim de repente
Por trás com aquilo quente
Por isso ela escoiceou.

- Se você chegar com jeito
Devagar e bem mansinho
A mula dá coice não
Ela gosta é de carinho
Peço tente novamente
Venha com aquilo quente
Que estar aberto o caminho.

- Não fique preocupado
Do compadre não abusa
Porque ele não se importa
E sua mulinha nem usa
A bichinha está carente
Precisa daquilo quente
Pois no amor está confusa.

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