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Cordel-->Quelônio dá vertigem. -- 22/01/2003 - 07:02 (Elpídio de Toledo) |
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Trabalho foi inventado
pra quem não sabe pescar.
Se há negócio sagrado,
nenhum há como fisgar.
A arte da pesca tem
o nome de haliêutica.
Quando o peixe não vem,
revê-se a propedêutica.
Se negócio atrapalhar,
por motivo dessa arte,
deixe o negócio pra lá,
pesque antes do infarte.
Entre duas pescarias,
o tempo não é remédio.
Exige muitos vigias
e é chamado de tédio.
Pescador ignorante
nunca tem algo a perder,
já o da pesca amante
sabe dele defender.
Pai e filho se diferem
pelo preço do brinquedo;
outra coisa nunca querem,
não aceitam arremedo.
Uma criança a pescar
é mais um que vai saber
que, pra vida desatar,
um embolar tem que ter.
Pescador nasce sincero,
mas, supera tal defeito
quando deixa de ser fero,
pra pegar peixe com jeito.
E se grande é o peixe
que ele vai procurar,
leva consigo um feixe
de anzol doze pra usar.
E se usa um sonar,
pra ler o fundo do rio,
quando vê algo passar,
não se ilude, fica frio.
Sabe que é coisa viva,
mas, não quer no anzol entrar.
Come a isca, muito ativa,
e não quer a cara dar.
Não é bota, nem chinelo,
e lhe dá até um vágado.
Logo, se não é martelo,
tá na cara que é cágado.
E, mesmo quando fisgado,
enquanto não se mostrar,
pescador fica calado,
não vai se precipitar.
Quem não perde feriado,
não gosta de lero-lero:
planta sempre ao seu lado,
dá serviço à fome-zero.
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