Meu prezado Manezinho,
Me senti muito honrado
Quando li seu desafio
E vi meu nome citado;
Meu amigo lá de Icó,
Não vamos te deixar só,
Aceitei esse babado.
E a resposta é pra dizer
Que não sou um oponente
De força, de gabarito,
Pra te encarar de frente;
Ainda estou aprendendo,
Aqui no Usina lendo
Tantos artistas diferentes.
Diferentes no estilo,
Mas comum no pensamento,
Os cordelistas daqui
São os melhores do momento.
Tome cuidado, Manezinho,
Estaremos no seu caminho,
E seremos seu tormento.
Cordel limpo e arretado
Ainda não sei fazer,
Mas serve de aprendizado,
Um dia vou aprender.
Vou longe, eu acredito
Que vou cordelar bonito,
Assim como você.
Já vi que a coisa pegou,
Neste mês de fevereiro,
Aráujo já respostou,
E também Domingos Medeiros.
Sem acusar, nem defender,
Eu vou o bedelho meter
Na “guerra” dos usineiros.
Como bem diz Medeiros,
Pelos outros eu não falo,
Mas não fico calado
Quando pisam no meu calo.
Se eu fui aqui provocado,
Aqui deixo o meu legado
E vou fundo, até o talo.