A “peidorragia” do Pafúncio
Athos Ronaldo Miralha da Cunha
Se peidar é coisa feia
Assim dizem os puritanos
E por debaixo dos panos
Peidorreiros de mão cheia
Mas o peido não maneia
Vamos nessa por inteiro
Sentindo todo tipo de cheiro
Neste país continental
Isso é coisa natural
Viva o peido brasileiro
Do usinauta Pafúncio
Li a sua “peidorragia”
Na sua costumeira rebeldia
E assim faço um anúncio
Não é nenhum prenúncio
Embora peidos abundantes
Fedorentos e cintilantes
Não fique zangado comigo
Pafúncio grande amigo
Eu havia peidado antes
Assim seguiremos peidando
Por esse mundo de Deus
Peidam crentes e ateus
Vão os gazes liberando
E eu não sei até quando
Peidarei apenas por esporte
Desde o sul até o norte
Por um peido de despedida
Mas se for peido suicida
Então será peido da morte
O primeiro cordel sobre o peido
“Aquele que eu peidei antes.”