Mergulho no breu sem fim
Vendo a nesga claridade
Inquieto ouve o clarim
Negando o sim da verdade
Flutua na indiferença
Vai sem futuro e sem crença
Padecer na eternidade.
na Infrutífera busca
Nesses toscos pensamentos
No ecletismo da vaidade
Vive a luta e os tormentos
No escudo da falsidade
Mentiras no fim da idade
Contra os quatro elementos.
Olha nos campos de guerra
os Inimigos terríveis
Com suas armas irreais
Letais e Irreversíveis
No surrealista cenário
Luta mortal e calvário
Por imortais impossíveis.
O tropel escandaloso
De Negros cavalos, gera
tenebrosos cavaleiros!
Tão sangrentos quanto fera
Toda à vida vão ceifando
Qualquer grito ignorando
No sofrimento se esmera.
É o fim da humanidade
Por quarteto julgador
Rastro singular de sangue
Provocando muita dor
A desgraça e o desespero
Espalhando o mau cheiro
E martirizando o amor.
O sangue de todas cores
Escorre no grande abismo
A terra abre profunda
Causando um cataclismo
Carnificina, oriundo!
Determina o fim do mundo
Na vida faz um exorcismo
Os seres abomináveis
Vêm da sagrada escritura
Cumprindo o que está escrito
Na horrível noite escura
desespero e sofrimento
Espalha corpos ao relento
A morte e a semeadura.