Na chácara CINEL
Aconteceu a folia,
Pits, pitas e pitinhos
Com muita fé e alegria.
Foi o nosso carnaval,
Muito mais tradicional,
Só tristeza não valia.
De manhã e já com sede,
No sábado lá chegamos,
Pit Roger, rapidinho,
A rede foi armando.
Depois abriu a geladeira,
Tirou a tampa da primeira
E foi logo saboreando.
Já todos reunidos,
Começamos a pensar
No rabo que Pit Nelson
Começara a preparar.
Conforme estabelecido,
A todos seria servido
Um rabo para almoçar.
Dá duas e dá três,
E o rabo ali fervendo,
A moçada só olhando,
O estômago gemendo.
Depois que saiu, então,
Não sobrou nem agrião,
O cachorro ficou querendo.
No rabo de Pit Nelson
Cabe ainda destacar,
Dona Márcia deu força
E o chuchu foi descascar.
Foi uma ajuda arretada,
Pois a famosa rabada
Ficou boa de provar.
Depois da comilança
Só restava descansar,
Lá na beira da piscina,
Muitas latas pra tomar.
Pra fazer a digestão
Três Fazendas com limão
E mergulho pra sarar.
Dez horas, tava marcado,
Quatro pits na piscina,
Quem não mergulhasse
Seria chamado “menina”.
Devido ao sigilo total,
Não direi quem foi o tal
Não cumpridor dessa sina.
De noite um temporal,
Foi água a noite inteira,
Quem estava nas barracas
Tomou banho de goteira.
Mas de manhã o sol nascia,
E o domingo prometia
Uma grande bebedeira.
Seu Evilásio e Dona Geni
Chegaram às nove horas,
Ela começou a preparar
A feijoada, sem demora.
Era ótimo o fogão,
Mas bem duro o feijão,
E a barriga geme e chora.
Demorou a feijoada
Mas estava deliciosa,
Dona Geni, realmente,
Sabe ser caprichosa.
Servida com couve rasgada,
Com muita laranja picada,
Tava muito e toda prosa.
Nosso dia foi legal,
Duda lá compareceu,
Também Beto e Noélia,
Alexandre e um primo seu.
Rudi, Magali e filhinha
Levaram Meg, a cadelinha,
E o som aconteceu.
No momento revelou-se
A beldade de Caicó,
Dançou a ragatanga
E também forrobodó,
Mas a moça dançarina
Não era uma menina,
Era um pit, vejam só!
Nesse dia, em cascata,
Campari e caipirinha,
Tinha o Run Montilla
E cerveja geladinha.
Uísque teve também,
E naquele vai-e-vem
Tomamos caimontillinha.
Até altas horas da noite
A música rolou,
Duda e sua “sobrinha”
A todos encantou,
Foi ótimo o sarau,
MPB e carnaval,
Tudo isso ele cantou.
Na segunda o previsto:
O saboroso cozidão,
Foi trocado, de acordo,
Por Bobó de camarão.
Pit Sandra arrebentou,
O camarão preparou,
Rei comeu como um leão.
Outro prato um pit encheu,
Mas cheio, de arrebentar,
Passou debaixo da cerca
E bobó fora foi jogar;
Pit Rei seu bem chamou,
O local pra ela mostrou,
Ela nem quis acreditar.
Nesse dia mais cerveja,
Mais piscina pra banhar,
Um passeio na cidade
Cujo nome é Ingá.
Vejam só que coisa bela,
Bunda branca na janela,
Cruz credo! Diz alguém lá.
Não vou aqui delatar
O dono da referida,
Mas posso garantir
Que foi coisa atrevida.
Em frente ao parquinho
O Pit baixou o “shortinho”
E mostrou a enxerida.
Terça-feira, a ressaca
Começava a dominar,
Somente às dez horas
A primeira fui tomar.
Pit Roger acordou cedo,
E foi à luta, sem medo,
Cerveja não podia sobrar.
Quatro dias sem ver cobra,
Apareceu uma, de repente,
Duas cabeças ela tinha,
Era filhote de serpente;
Não mate a coitadinha!
Ela é tão pequenininha!
Nem ofendeu a gente!
As pitas não queriam,
Mas Chico não escutou,
Correu pelo quintal,
Um pedaço de pau pegou;
Apertou uma cabeça dela,
Até ver a sua goela,
E pra longe a atirou.
Na sombrinha do coreto,
Um dominó jogando,
O cheirinho da comida,
Dona Judi preparando,
Era a famosa galinhada,
E dessa não sobrou nada,
Cachorro ficou babando.
E não foi só isso não,
O carnaval na CINEL;
O macarrão não faltou,
Também teve pastel.
Carne de sol assada,
De manhã uma fritada,
E o conforto do hotel.
Diversão pra criançada
Tinha de montão,
Ping Pong e piscina,
Era muita curtição.
Aborrecente ou criança,
Todos entraram na dança,
Mesmo com o apagão.
Mas era de madrugada
Que tinham a maior alegria,
A galerinha se juntava
Para ouvir a sinfonia.
Na sala, um pit roncava,
Em cima, a telha saltava,
E embaixo, o chão tremia.
Participaram dessa farra,
Além dos nossos convidados,
Dona Circe e Dona Sônia,
Esta com uisquinho do lado.
Clecius Nerby estava lá,
Pra brincar e paquerar,
E também ser paquerado.
A Carol levou Larissa,
Encantaram o lugar,
O Breno e o Matheus
Também foram acampar.
O Matheus bem sorridente,
Já o Breno, diferente,
Só queria emburrar.
Ana Keyla também foi,
Foi Marcelle, foi Luana,
O Yago, dorminhoco,
Até caiu da cama.
Acho que todos citei,
Perdoa quem não lembrei,
Foi a “mardita” da cana.
Gente, tá ficando longo,
Tenho que encerrar,
Senão acabo contando
Coisas que não posso contar.
Só quero dizer que gostei,
O melhor carnaval que passei,
Até o próximo chegar.