Se o poeta Zé limeira
Fosse mandado pro Iraque
Acabava com a guerra
Evitava estupro e saque
Sem levar bomba ou canhão
Soldados ou munição
Não soltava nem um traque.
Ele chegava de fraque
Com mais três cordelistas
Rubenio e Jorge Sales
Que agora são artistas
Mais Egídio nosso mestre
Que no espiritual investe,
Todos três são alquimistas.
Distribuía revistas
E folhetim a granel
Enfileirava as tropas
Botava pra ler cordel
Rubenio tocaria viola
Jorge Sales na sua cola
Cantaria no quartel.
Mestre Egídio o coronel
Só falaria como monge
Zé Limeira no camelo
Levaria a tropa pra longe
Míssil só de poesia
Em vez de dor, alegria!
Felicitando a falange.
Somente na paz abrange
Os poetas na harmonia
Nas areias do deserto
Pregariam a filosofia
Zé Limeira de paxá
Para governar Bagdá
Com a sua gorofobia.
Jorge feliz sorriria
Mestre Egídio ia recitar
Dedilhando seu violão
O Rubenio iria solar
A guerra teria seu fim
Cantava anjo e querubim
E o Zé só gorofobar.
No gorofomento dar
A filosumia aparente
Zé Limeira terminava
Com a guerra no oriente
Mais Jorge, Rubenio e Egídio!
Acabava com o ofídio
E deixava o Bush doente.