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Cordel-->Arsenal informal -- 26/03/2003 - 10:01 (Elpídio de Toledo) |
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Vejo um milhão de armas
postas no chão do deserto.
Almas cumpriram seus carmas,
armas têm destino certo.
São armas apreendidas,
sem controle de estoque.
E elas são pretendidas
por quem venha a reboque.
Armas jogadas ao léu
merecem mais atenção,
matuta o coronel.
Aí tem negociação.
Surge o contrabandista
e faz logo a oferta.
Paga pouco, mas à vista,
e logo as encoberta.
Da prisão, a encomenda
já está bem garantida.
O homem faz boa venda
e dá logo a partida.
Por navio vem o lote.
E, dos contatos já feitos,
cada um pega seu bote
e leva as sem defeitos.
Assim se faz arsenal
para enormes façanhas.
Agora, pra maior mal,
nas mãos de mentes tacanhas.
São levadas para morros
e testadas pra valer.
Breve, mais de mil socorros
pedirá quem vai sofrer.
E a mídia vai dizer
que são armas militares.
A polícia tem que ter,
pelo menos, similares.
Faz-se o levantamento,
conforme os batalhões.
Já se tem o orçamento,
abrem-se licitações.
E o dinheiro do povo
renova o arsenal.
Começa tudo de novo
pra se combater o Mal.
Outra guerra há de vir,
pra nova manutenção.
O Bem vai sempre cair
de quatro patas no chão.
Bicho burro é assim:
Não vê que vem do deserto
a arma para seu fim,
trazida por um esperto.
***
Com os cumprimentos do Tim,
crente na milícia aparelhada,
filho da deixa despistada
e servo de qualquer marmelada.
Clique ali========>Xuxa e a cerca de arame
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