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Cordel-->CASO TERATOLÓGICO -- 20/03/2001 - 18:55 (Daniel Fiúza Pequeno) |
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Caso teratológico.
Autor: Daniel fiuza
31/01/2001
Contra a vontade da família,
Ela casou-se com o primo,
Ela se chamava Emília,
E ele se chamava Irmo.
No primeiro ano de casada,
Emília, feliz engravidou,
A mãe ficou perturbada,
Mas Irmo ate que gostou.
Todos estavam apreensivos,
No que poderia acontecer,
Casamentos entre primos,
Os filhos podiam sofrer.
Nela a barriga crescia,
Tudo corria normal,
Mas ninguém apostaria,
Como seria o final.
Até que chegaram as dores,
Levaram pro hospital,
Logo aumentou os temores,
Mas o parto foi normal.
No outro dia, porém,
O médico foi lá no quarto,
Ele procurou por alguém,
Pra falar daquele parto.
Só a mãe ele encontrou,
Disse que seu filho nasceu,
Com problemas, declarou,
Vários órgãos ele perdeu.
- qual problema ele tem?
Perguntou a mãe aflita,
- os membros! Ele nasceu sem,
Não é uma criança bonita.
- mas isso não é problema!
Se for só esse defeito,
- vou encarar esse tema!
Posso ama-lo desse jeito.
- tem mais um defeito, sou franco!
Sinto muito, vou te dizer agora,
- ele também não tem tronco,
Vai ser uma dor pra senhora.
- traga ele pra eu ver!
Quero ver como ele é,
- eu vou saber entender!
Os problemas que tiver.
Foram as palavras de Emília,
Conformada, superando a tristeza,
Sem sabe se é filho ou filha,
Mas queria ama-lo com certeza.
- a senhora me desculpe!
Mas ainda não acabou,
- preste atenção e escute,
Contar lhe o resto eu vou.
O médico ao falar isso,
Deixou Emília preocupada,
Era um grande sacrifício,
Contar a história detalhada.
- O bebê não tem cabeça!
É muito triste dizer,
- Pode impedir que ele cresça!
Nada podemos fazer.
Mesmo assim ela quis ver,
O filho que havia nascido,
Não conseguia entender,
O que havia acontecido.
Trouxeram numa bandeja,
Numa fraldinha vermelha,
O filho pra que ela veja,
Era apenas uma orelha.
Como mãe ela pegou,
E foi nana o seu filhinho,
Pra ele, ela cantou,
Mas cantou muito baixinho.
O médico compadecido do fato,
Falou do ultimo defeito:
- cante um pouquinho mais alto,
O neném não escuta direito.
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