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Cordel-->A tese da perversidade VI -- 26/04/2003 - 18:51 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic"ali ==>>>> A tese da Perversidade













A raiz da perversidade

vem lá do mistério grego,

quando a heroicidade

gerava desassossego.


O sucesso na ação

trazia a arrogância

e, depois, por tal paixão,

miséria em abundância.


Hubris, a soberba vaca,

é por demais arrogante,

Nêmesis vem e ataca,

e pune a meliante.


Deuses a ordem mantinham

com os mistérios sagrados,

as arrogâncias continham,

heróis eram derrotados.


Aspirações de mudanças

acabavam desastrosas,

findavam as esperanças

mãos não vistas, poderosas.


Reformar comunidade

provocava a ruína,

a religiosidade

determinava a sina.


Mas, vem o Iluminismo

e vê o Homem kapás,

com todo inconformismo,

pronto pra ser eficaz.


Via nos antigos mitos

e intervenções divinas,

por Nêmesis, meros ritos,

superstições assassinas.


Mas, para que perdurassem

seculares, racionais,

torciam pra que notassem

conseqüências mais fatais,


efeitos involuntários

das ações iluministas,

além dos abominários,

perversos e realistas.


Assim, perversos efeitos

excomungam e teorizam,

pondo sempre os defeitos

no que outros realizam.


Não devem ser excluídos

dentre os efeitos possíveis,

mas nunca ser definidos

qual atos indiscutíveis.


Efeitos involuntários,

bem como colaterais,

situam-se entre vários,

sem ser, assim, tão banais.


São dois termos infelizes

que muito nos obnubilam.

Provocam muitos deslizes

os venenos que instilam.


Se a mão é invisível,

uma ação de alguém

causa o imprevisível,

voltado para o Bem,


sem a menor intenção,

agindo só para si,

multiplicando-se pão,

sem riso de frenesi.


Adam Smith ganhou fama

e tal idéia vingou,

mas, também, serviu de cama

pro que, depois, prosperou.


Viram o involuntário

como o indesejado,

como algo refratário,

indesejável, por fado.


Clic"ali===>>>A tese da perversidade VII























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