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Cordel-->A tese da futilidade -- 30/04/2003 - 21:22 (Elpídio de Toledo) |
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Clic"ali==>>> A tese da Perversidade
Uma ação dominante
ou prática ascendente,
vulnerável num instante,
atrai logo oponente.
Efeito perverso nasce
pronto para militante,
sofisticado na face,
paradoxal, rompante.
Transmitindo convicção
a quem busca, num momento,
a radical percepção,
mais parece um ungüento.
Mas um outro argumento
ao reacionário vem.
Artifício com requinte,
é muito simples também.
Tese da perversidade
diz que tentar empurrar
alguma sociedade
para um fim alcançar,
fará com que ela, sim,
pegue caminho contrário,
desviando-se do fim,
de um modo refratário.
Já o outro argumento,
que será mais explorado,
diz que aborta intento
de quem mexe no sagrado.
Tentativa de mudança
é, foi ou será cosmética,
de fachada, a lambança
ilusória, nada ética.
As profundas estruturas
jamais violadas são,
não sofrerão rachaduras
por qualquer inovação.
Tem o nome deste texto
e epigrama francês,
diz que mudar contexto
não muda ovo indez.
Trilha a revolução
quem discursa "plus ça change,"
uma sofisticação,
"plus c"est la même orange"?
Após mil reviravoltas
e outras tantas mudanças,
idéias sem escoltas
já não criam esperanças.
Ao invés de uma lei
que queima um movimento,
agora vem um "já sei",
que esfria o intento.
O barão de Lampedusa
em "O leopardo" diz
sua frase mais obtusa,
aplaudida com um bis:
"Se quisermos que o todo
continue qual está,
precisamos de, a rodo,
o todo querer mudar."
(E o nosso Yustrick
já dizia, sem cessar:
"Comigo num tem tric-tric,
destruo pra melhorar.")
Clic"ali===>>>>A tese da futilidade II
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