LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Cordel-->A tese da futilidade II -- 01/05/2003 - 10:24 (Elpídio de Toledo) |
|
|
| |
Clic"ali==>>> A tese da Perversidade
Pra evitar a mudança,
a "lei do não-movimento"
qual estratégia avança,
seja qual for o evento.
Tanto os conservadores
como revolucionários
viraram "legisladores"
citando os maus fadários.
Fracasso, futilidade,
todos eles decantavam,
era imobilidade
o que assaz desejavam.
Nem mudança de regime
deixou de ser condenada.
Jogando em qualquer time,
só mudava a manada.
Há o homem que explora
o próprio homem irmão,
capitalismo adora,
não há outra solução.
Há o homem que adora
explorar o seu irmão,
socialismo vigora,
este é o corrimão.
Nada de básico muda
com as novas relações,
propriedade-bermuda
dá lugar à dos calções.
No País das Maravilhas,
Alice correu até se cansar,
percorreu todas as ilhas,
chegou ao mesmo lugar.
Com tais ditos engenhosos,
esforços para mudança
passam a ser odiosos,
causam a desesperança.
"Status quo" é que vinga!
Chistes afloram no ar
como o bafo de pinga,
pra quem nele quer ficar.
De vez em vez, velhas vigas
se desmoronam ao léu,
a despeito das intrigas
de quem se sente no céu.
Entidades seculares
passam por transformações,
e, também, certos pensares
deixam de ser os padrões.
Eis aqui assimetria
entre conservadorismo,
sábio e com alegria,
e rigor do progressismo.
O viés conservador,
através do epigrama,
ganha do inovador
pechas neste novo drama.
"Reação", "reacionário",
com conotações obscenas
renascem do dicionário,
pelo viés dos mecenas.
Provar perverso e fútil
é coisa muito penosa
pra quem não vê ação útil
na mudança gloriosa.
Mas há críticos que fazem
as duas alegações,
caso as condições se casem,
conforme ocasiões.
No fútil, alegações
são muito mais moderadas
que nas grandes perversões,
quando bem elaboradas.
Porém, mais insultuosas
são as da futilidade,
contra pessoas ciosas
da boa modernidade.
Qualquer ação planejada,
contra a qual se invista,
mesmo de rumo errada,
inda pode ser revista.
Ficam de queixo caído
os promotores do ato,
se este é combatido
com argumentos de fato.
Pra quem quer inovação,
se a coisa não faz fé,
vem logo humilhação,
perde a moral até.
Hesita quanto ao rumo,
o verdadeiro sentido,
do que pra ele é sumo
do esforço despendido.
Clic"ali===>>>A tese da futilidade III
|
|