Querido Rodrigo Terra
Grato pelo seu escrito
Eu sou um homen sensato
Mas não escrevo bonito,
Jamais fui bom em gramática
Nem teórica nem na prática
Mas nada me deixa aflito.
Não ganho nada no grito,
Mas não gosto de bobeira,
Ao escrever o Cordel
O portuga fez besteira
Na retórica fez legal
Mas na prática agiu mal,
Burro da mesma maneira.
Vou manter aquela asneira
Que ele próprio escreveu
Para que todos entendam
A boa fé com que eu
Recebi sua promessa,
Ele foi calhorda a bessa
Fugindo ao que prometeu.
Porém o trunfo foi meu,
Fiz tudo que foi capaz
usando todo bom-senso
Para promover a Paz,
Mas você, tão Lingurado
Mete o bedelho em tudo,
De concreto nada faz.
Se se julga tão capaz
De analizar ocorrências
Feitas com todo bom sizo,
Por que não usa a sapiência
Para apaziguar o foro ?
Não lhe traria desdouro
Praticar tal idulgência.
Um respeitoso abraço deste humilde cordelista;
Piolho-chato