Havia uma cerca de pau,
aquele que a fez,
-um infeliz!- fez mal.
Levou o dia todo
trabalhando sob o sol
e o resultado,
diz quem viu, fatal...
Veio então a nova cerca,
forte e firme,
arame ponta-a-ponta,
caprichosa empreitada.
O homem que a projetou,
prudência e tenacidade,
o que impedia de entrar
em suas terras marcadas?
Fronteiras delineadas,
galopando em seu cavalo,
tem seu controle perdido,
as rédeas não dando em nada.
O arame farpado o espera,
feridas por todo o lado.
Quem esperar poderia,
o perfeito dando errado?
Se a cerca fosse a primeira,
de madeira inconsistente,
não estaria o doente,
assim tão transfigurado...
Em que consiste o destino?
Na acintosa zombaria,
que prega peças na gente,
previsão posta de lado?
-Seu Destino, vai com calma!
Não me deixe angustiada...
A atriz está de férias,
necessita de cuidados...