Zé Limeira meu bixim
Tu nessa surpreendeu
Com nova sabedoria
Que tu falaste pra eu
Hemorróida, afta e afim!
Falou Tim-Tim por Tim-Tim
E quase me convenceu.
Mesmo depois que morreu
Tu continua ensinando
Usa a filonusomia
Pra fica de nós mangando
Nessa tua tricenturia
Versando à filologia
Vai ao milho sabugando.
Fala como muçulmano,
Mas eu sei, tu és cristão!
Tentando meter o dedo
Na hemorróida de botão
Sabendo que vai arder,
Mesmo assim tu quer meter
Feito um dotô do sertão.
E da afta faz um sermão
Como um bom entendido
Só não fala no elefante
Que nesse caso é o bandido,
Mas fala de tesão e sexo
Diz sem dó e sem complexo
Certo prurido atrevido.
Faço-me de maluvido,
Mas sou bom respostador
Sem entender muito bem
De hemorróida, afta e dor!
Zé Limeira sabe tudo
Me cala, me deixa mudo!
Bancando o inquisidor.
Pra cheirar eu num sou flô,
Mas respeito Zé Limeira
Ainda quele é espírito
Gaiofeiro de primeira
Mode fazer gozação
Incorpora inté no cão
Como forma derradeira.
Na noite de sexta feira
Quando a lua já tá cheia
Entre aftas e hemorróidas
É que a coisa fica feia
Elefante na bunda sua
Depois do sol vem à lua
Lá pelas cinco e meia.