* Um breve registro de um forró arretado de bom numa fazenda próximo a Macau-RN.
Sábado a noite no hotel
Eu ainda mei discrente
Que o alegre motorista
Viesse buscar a gente
pra irmos a um forró
Pras bandas do Seridó
Fazer uma farra decente
As dez e meia da noite
Como havia combinado
O André apareceu
Eu nem tinha me arrumado
Vesti-me em um minuto
O corpo já tava enxuto
E pronto para o xaxado
Veja que surpresa a minha
Dar de cara com o lugar
Festa típica, interior
Terreiro, olhar e luar
Lembrei-me de outras festas
Quebrava chapéu na testa
Ia até o Sol raiar
A banda abriu o forró
E em pouco tempo parou
Anunciaram um desfile
Que em seguida começou
Me levantei animado
Olhando para o meu lado
Vi a que estreou
Pensei que era praxe
Fiquei sem acreditar
Dona Maria de Brito
No salão a desfilar
Uma senhora já idosa
Porém, era bem formosa
Na passarela a passar
Achei bem interessante
Aquela vitalidade
Fiquei esperando vir
Outras de menos idade
Veio outra mais idosa
E nada de uma gostosa
Pra matar minha saudade
Resolvi curti a festa
Beber, dançar e comer
Na mesa uma boa conversa
Política, trabalho e lazer
Forró e cerveja gelada
Cantada na mulherada
Até o dia amanhecer.
