Usina de Letras
Usina de Letras
37 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63159 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51649)
Humor (20171)
Infantil (5588)
Infanto Juvenil (4932)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6349)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->ONDE LEIO A POESIA -- 11/10/2003 - 13:03 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


ONDE LEIO A POESIA
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Onde eu leio poesia?
A proposta foi lançada
Pela amiga Adriana
Pelas ruas, na calçada
A leitura que se lia
Era muita poesia
De uma forma disfarçada

Quem não tivesse bons olhos
Dentro do seu coração
Com certeza, ficaria
Sem dar sua opinião
Sobre a leitura do belo
Do detalhe tão singelo
Como um pedaço de pão

Que o mendigo segurava
Apertado em sua mão
Como que mostrando ao mundo
Que também era Cristão
Com direito ao alimento
Ao sol e ao firmamento
Como qualquer outro irmão

Com a sua liberdade
De ocupar o seu espaço
Sonhar o sonho impossível
Desatar aquele laço
Reaver os seus amigos
Procurar novos abrigos
Descansar o seu cansaço

Andar por outros caminhos
Buscar a felicidade
Como qualquer semelhante
Um cidadão de verdade
Cobrar pelo sofrimento
Por aquele mal momento
Resgatar a dignidade

Ali estava o mendigo
Lixo da sociedade
Da falta de compromisso
De alguma autoridade
Com a nossa conivência
Fruto da incompetência
Falta de caridade

Com o olhar esperançoso
Aquele mendigo sorria
Um sorriso bem sincero
Lágrima de alegria
No seu rosto emagrecido
Maltrapilho, mal vestido
A fé em Deus escorria

Lembrei-me então de Jesus
E de toda a verdade
Há dois mil anos passados
Pregou a fraternidade
Lutou pela salvação
Entregou seu coração
Testemunho à caridade

Deixou seus ensinamentos
A paz e o amor ensinou
Com humildade e firmeza
Multidão arrebanhou
Mesmo assim, foi perseguido
Muito mal compreendido
Morto na Cruz, culminou

Aquele mendigo, por certo
De Jesus Cristo, herdou
A humildade e o sofrimento
Que o Mestre tanto pregou
A Cruz que limpa e protege
A Cruz que ensina e elege
Foi tudo que ele lembrou

Durante aquele momento
Que pelo mundo eu andava
À procura de respostas
Achei o que eu precisava
A poesia é divina
A vida, assim, nos ensina
Ler o que se imaginava

Basta sair passeando
Por esse mundo perfeito
Olhar os rios e mares
Sem procurar o defeito
Sentir o cheiro das flores
Perfumes de muitos odores
Enchem de amor nosso peito

A leitura é imensa
A poesia aparece
No sorriso da criança
No amor que não se esquece
No perdão já consentido
Por quem fomos ofendido
A poesia arrefece

Naquele olhar escondido
No beijo inusitado
Nas mãos que se entrelaçam
Do casal enamorado
Nos filhos que vão nascendo
O amor envelhecendo
Como vinho bem guardado

Crença na paz e no homem
Nas mudanças esperadas
Nos anseios perseguidos
Pelas coisas mais amadas
O bem acima do mal
A esperança, afinal
De vidas abençoadas

Onde eu leio a poesia?
Em todo e qualquer lugar
Mesmo fora da escola
Basta, portanto, olhar
Com os olhos do coração
Um pouquinho de emoção
E a poesia sonhar




















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui