As coisas têm o seu tempo
Certinho de acontecer
Há tempo de lavradio
Dia também de colher
Há gente que insatisfeita
Pensa que o mundo endireita
Fica "pagando pra ver”
A Usina aqui neste mundo
Reflete o tema da vida
Onde houver a liberdade
Sobrará luta renhida
Se um acende a fogueira
Vem o outro e diz besteira
Da forma mais atrevida
Entra o que não quer “censura”
Como se tudo na vida
Não carecesse de freio
A controlar nossa lida
Entre os erros da Usina
O maior é esta sina
Liberdade descabida
Vai-se perdendo a razão
Escrevendo à revelia
Desrespeitando a palavra
Num rosário de porfia
Ofendendo a quem merece
E a outro rezando prece
Neste (Q)uadro de (A)gonia
Abandonar a Usina
Não é solução legal
Em família quando há briga
Essa atitude é letal
Desmorona-se a empresa
E só nos fica a certeza
De ter feito tanto mal
Quando o navio afunda
Dizem que os ratos saltitam
Mas acredito que aqui
Belos poetas militam
Quem sai vai logo voltar
E seu posto retomar
Meus chamados aqui ficam!
Notinha:
Este cordel foi inspirado
pelo doce Menestrel da amizade:
Benedito Generoso da Costa