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| Cordel-->BOAS NOVAS NO NOVO MILÊNIO -- 15/06/2001 - 01:54 (J. B. Xavier) |
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BOAS NOVAS NO NOVO MILÊNIO
J.B.Xavier
Espero boas notícias
Neste milênio encontrar,
E, mesmo que fictícias,
Ainda hão de animar.
A primeira já chegou
Era o desejo e a grita!
Porque ufa! terminou
O mandato do seu Pita!
Mas não é só por aqui
Que o povo está satisfeito,
É do Oiapoque ao Chuí,
Onde trocou o prefeito!
E todos os que assumiram
Só trazem notícia nova,
Para fora os que mentiram,
E para o povo, uma ova!
Mas já não é mais assim!
Com esses novos prefeitos.
E tenho aqui para mim:
Veremos mundos perfeitos!
Não sei se ouvi ou se li,
Acho que foi num jornal
Que finalmente está aí
A justiça social.
É o que estão a contar
Numa grande falação,
Que nunca mais vai faltar
Ao pobre o naco de pão!
Também a família pobre
Que não tem sequer colher,
Diz o prefeito que cobre
A diferença que der.
O garotinho, a menina,
Que dormem aí pelo chão,
Terão logo em cada esquina
Um parque de diversão.
E dizem que os abastados
E os aproveitadores,
Serão todos arrastados
Para a câmara de horrores.
Dizem também que o Lula
Prometeu considerar
E nessa eleição ele pula.
Não vai se candidatar.
Dizem que o FHC
Até pra ficar na história
O fim ele vai defender
Da Medida Provisória!
Dizem que essa ele crava!
Até já mandou um projeto
Que com a Medida acabava
Nem que fosse por Decreto!
E a caserna ironiza:
Ao treinar nossos meninos,
Alerta que não precisa
Afundar submarinos!
De Manaus a Livramento,
- Essa foi ganha no berro!
Já estão no assentamento
De uma estrada de ferro!
Teve um prefeito sem sorte
Que com idéias ferinas
Prometeu lá no Nordeste
A neve dos catarinas!
E o Velho Chico, coitado!
Prometeram num discurso:
Ao Acre vai ser levado.
É só inverter seu curso!
O Nobel de Economia
Enfim saiu pro Malan,
Pois provou que poderia
Gastar hoje o de amanhã!
E o Serra, na Saúde,
Ainda guarda uma mágoa
Dos remédios que, alude,
Serão tomados com água.
A mesma água que salta
Na cachoeira à vontade,
Diz ele, vai fazer falta
Cá na eletricidade!
O Lalau, não é pra rir?
Contratou o Sérgio Naia
A um presídio construir
Para ele e aos da laia!
E logo estavam a olhar
O plano das construções.
E diz Lalau: - vai custar?
- Uns 180 milhões!
Então Lalau suprimiu
Metade da construção.
E Sérgio Naia Sorriu:
Ladrão que rouba ladrão...
O projeto era uma fria,
E nem poderia passar,
Viram que desabaria
Antes da pena acabar.
Se você gostou da rima.
E é chegado em notícias:
Atente que aí em cima
Elas são só fictícias!
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