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Cordel-->Respondendo a Altamirando sobre a Ara Cruz celulose -- 07/11/2003 - 22:16 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Respondendo Altamirando
(sobre a Ara Cruz celulose)

Ta se fazendo de aprendiz
Pelo que fui observar
O irmão já sabe muito
Vi no jeito de rimar
Mandei a regra de cordel
Pensando que era um novel
Agora é que vim manjar.

Anda sempre repetindo
Que é um aprendiz
Tem humildade demais
Da sua cabeça é o juiz
Nós somos aprendizes
Se seguirmos as diretrizes
Na certa seremos felizes.

Nunca desafiei ninguém
Nem para fazer um teste
Duelo nunca prestou
Nem nos filmes de faroeste
Já duelamos com a vida
Pra garantir nossa lida
Vivendo nesse nordeste.

Vamos corresponder
Através da poesia
Sabendo rimar ou não
Regular, com primazia.
Trocaremos informações
Dando as opiniões
Seja hoje ou qualquer dia.

Defendes a Ara Cruz
Com tanto exagero,
Não vê o meio ambiente
No seu grande desespero
Olhe os animais
Nem os ninhos fazem mais
Já se vê o desmantelo.

Dinheiro dá liberdade!
É no seu ponto de vista
Ele não compra o amor
Que só o coração conquista
Só vale pro consumismo
É que o povo com cinismo
Finge sempre que é o artista.

Fala bem do eucalipto
Esquece de sua raiz
Ela é pivotante
Bebe mais que um chafariz
Só o futuro vai dizer
Aí você vai saber
O que é que eu sempre quis.

Quem pega galinha
É sabido não fala xô
Primeiro joga-se o milho
Pra fazer o chamador
Somente com a destreza
Depois que pega a presa
Arrasa ela onde for.

Ara Cruz da a saúde
Junto com a educação
É açúcar na boca do povo
Pra arrasar o nosso chão
E as pobres criaturas
Com essa monocultura
Vai sofrer na região.

Talvez o eucalipto
Não seja a solução
Essa é a frase sua
Que concordo com o irmão
Tem muitos currais por aí
Feito aqui e ali
Que é de cimento o mourão.

Quando essa árvore chega
O lugar logo se arrasa
Olhe a visão do eucalipto
Aproximando da Medasa.
Ela também dá empregos
Vão ficar no degredo
O que vão comer em casa?

Papel higiênico
Eles vão fabricar
Mas só pensar no papel
E não no alimentar!
Não tendo nada pra sair
Eu pergunto e aí!
O quê que o papel vai limpar?

O desastre de Cataguazes
Arrasou o meio ambiente
Foi até o Rio de janeiro
Aquele rio doente
Os resíduos poluidores
Vem trazendo dissabores
No lugar onde há gente.

Em Cataguazes
Uma barragem de contenção
Conseguiu derramar
Rejeitos de produção
Quarenta e três municípios
Viu o precipício
Causando destruição.

Já faz quatorze anos
De rejeitos represados
E o rejeito lixívia
Na barragem despejados
No futuro vamos ver
O que vai acontecer
Com este lixo acumulado.

E o agrotóxico usado
Para preparar o terreno!
Mata o nutriente da terra
Esse perigoso veneno
Fazem isso de montão
Jogando veneno no chão
Só cego é que não ta vendo.

E com dez anos depois
A terra esta impregnada
Não nasce um pé de tomate
Suas folhas ficam arrasadas
É São Tomé que quer ser
Para poder você crer
Que a terra fica ressecada?

Eu sou contra a Ara Cruz
Todo tempo e horário
Todo ano em toda era
No que marcar o calendário
A não ser que apareça
Pessoas com outra cabeça
Que venha dizer o contrário.

Trabalha na Ara Cruz?
Isso queria saber
Também defenderia
Quem me ajuda sobreviver
Pergunto com carinho
Mais sairei de mansinho
Se a resposta me ofender.

Nela tem funcionários
Que já estão envenenados
Indiscriminadamente
De herbicida jogados
Os dos escritórios não
Esses são folgadão
Que fica do outro lado.

Ela dá muitos empregos
Mas tiram eles também
Milhões de hectares de terra
Que o pequeno fica sem
Pra cortar são sete anos
Aí é que vem o dano
Não dando serviço a ninguém.

Defende ela demais
Até os erros que ela comete!
O irmão é inteligente
Não é a mim que compete
Fazer essa observação
Mas aqui nessa região
Pra ela não jogo confete.

Soda caustica será
Com mais ingredientes
Mais tarde jogado ao rio
Poluindo o meio ambiente
Os depósitos aguentará?
E quando ele transbordar
Matará peixes e gente!

Será o primeiro a mudar
E sair da região
É como plantar rosas
Primeiro vem o botão
Aí então irmãozinho
Quando sair os espinhos
Vai machucar de montão.

Mas esses lamentos meus
Nada vai adiantar
É apenas um registro
Desse um a protestar
Mas já diz a tradição
Andorinha só não faz verão
Mas ela voa no ar.

Então lembro do colibri
Que sozinho estava
A apagar o incêndio
Que a floresta arrasava
Com gotas de água nas asas
Defendia a sua casa
Do fogo que a queimava.

Apenas fazia a sua parte
É assim que deve ser
Se ficar só olhando
E nada querer fazer
Não éramos independentes
Se apenas Tiradentes
Por nós fosse morrer.

Não desrespeito o grande mártir, mas morreu muita gente não foi só ele
Padre Roma foi um deles, é só conhecer a história.


Airam Ribeiro
05/11/03








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