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Cordel-->Piranha voa? -- 21/12/2003 - 09:13 (Elpídio de Toledo) |
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Veja antes===>>>A raiz mais rasteira
Como pode a piranha,
nadando, querer voar?
Como ter a artimanha
para a mente deixar?
Se mergulhados na mente,
fica quase impossível
uma ação transcendente,
um nível mais abrangível.
O segredo é acabar
com o tempo ilusório,
com que a mente faz par,
um conluio esposório.
Tire o tempo da mente,
quando dele não precisa.
E a mente, reticente,
pára, fica indecisa.
À mente nos reduzir
é ao tempo nos prender.
A memória há de vir
para nos "esclarecer":
Retrógrada, ao passado
nos impele pra lembrar;
anterógrada, um fado
sempre vai antecipar.
Cria elo infinito
com futuro e passado;
o presente, esquisito,
deixa de ser respeitado.
Interditar o presente,
impedir que ele seja,
é compulsão mais freqüente,
a memória nos bafeja.
Desse tempo ilusório
surge a identidade,
que vem do repositório —
memorial faculdade.
E o futuro contém
promessa de salvação,
além de trazer, também,
nossa "realização".
Esse tempo ilusão
nada tem de precioso,
a verdadeira razão
do existir primoroso
é um ponto fora disso:
o Agora, o real,
o único compromisso
da vida, atemporal.
O Agora é a única
coisa que é, que existe.
O presente é a túnica
mais eterna, que subsiste,
onde a vida labora,
o espaço mais constante.
A vida é o Agora,
a época fascinante,
o ponto que nos conduz,
além das barras da mente,
às portas do que reluz,
o Ser, conscientemente.
Uma época não há
sem que Agora exista,
e nem nunca haverá,
por mais que mente persista.
Veja a seguir:===>>>Fino fio de navalha
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