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Cordel-->A égua e o garanhão. -- 13/01/2004 - 18:29 (Aline Dremir) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A égua e o garanhão.

Quando a lama virou pedra
No tórrido do sertão
De repente me aparece
Um poeta garanhão
Vem com canto de nambu
A força do Funanchu
E potencia de avião.

Quando o verde dos meus zóio
Se espalhar na plantação
Quero ver mustang rápido
Com asas de gavião
Abarcar-me atrevido
Penetrar o meu sentido
Cobrir-me com emoção.

No riacho do navio
Quando eu der de pinote
Quero um quarto de milha
Já pronto pra dá o bote
Se ele me pegar molhada
Rendo-me apaixonada
Deixe ele quebrar meu pote.

Só quando o mandacaru
Na seca tá fulorando
Eu sinto todo arrepio
Como égua cavalgando
Nesse cheiro de potranca
Eu quero um peso na anca
Um puro sangue me amando.

Já fazem três noites
Que pro norte relampeia
Eu cavalgando no cio
Com cavalo que campeia
Um poeta campeão
Metido a garanhão
Que no meu corpo passeia.

Aline Dremir.






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