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Cordel-->No Mote de São João -- 10/06/2004 - 10:59 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

SÃO JOÃO NA ESPLANADA
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Acredite quem quiser. Querem manter aberto. No mês de julho o Congresso. Pergunte ao São Tomé. São dois os interessados. São João e São José. Ambos os presidentes. Da Câmara e do Senado. Respectivamente. De olho na reeleição. Querem mudar o recesso. Que passará para agosto. Ainda que a contragosto. Da nossa Constituição.

São medidas provisórias. São decisões irrisórias. De interesse do governo. Sem urgência e relevância. Aqui é outra história. Para driblar nossas leis. Aplica-se o recesso branco. Não se vota o Orçamento. E como já é sabido. Enquanto não for votado. Não pode o parlamentar. Senador ou deputado. Do congresso se afastar. Só depois de aprovado. O orçamento citado. Que começa o feriado. Com um pequeno detalhe. Sempre bem remunerado. Embora todo o serviço. Esteja sempre atrasado.

Ou seja, melhor dizendo. Pra atender interesses. Dos nobres parlamentares. Casuísmos acontecem. E dos mais elementares. Ainda que impopulares. Afinal, pra que serve o povo? O povo é mais um detalhe. Para garantir o pleito. E lhe dar legitimidade. E depois ficar assistindo. O troca-troca de lado. A divisão do tesouro. Conforme negociado.

Esse país não tem jeito. Basta andar pela cidade. E conversar com o prefeito. Pra descobrir logo, logo. Uma pilha de defeito. Que começou muito atrás. Nos idos de 1500. Na época das caravelas. Quando do descobrimento. A Terra de Vera Cruz. A Terra de Santa Cruz. E, o Brasil, finalmente. A quadrilha é de verdade. No São João de brincadeira. A cadeia é pequena. Para tanta bandalheira. Nessa terra varonil. Nessa terra tão querida. O nosso amado Brasil.

Que hoje mudou de nome. RG e CPF. Mas continua o mesmo. Tudo de ruim acontece. Na terra do pau Brasil. A coisa nunca amolece. É duro, mas é verdade. Nosso povo não merece.

O país virou notícia. Tudo é assombração. Tem o fantasma do medo. E o bicho da eleição. E por falar em bicheiro. Diga pra nós, companheiro. Onde anda o Waldomiro? Talvez soltando suspiro. Ou caçando gafanhoto. Dentro do encanamento. Ou em cima do esgoto. Que por falta de investimento. Encheu Brasília de rato. A doença toma conta. Muita gente já morreu. Tem Raimundo e Zé Dirceu. Tentando explicar a virose. O que de fato aconteceu.

A CPI do Vampiro. O ministério adverte. Cuidado com o Luiz. E com o tal do Waldomiro. Até nosso super-herói. O morcego voador. Entrou nessa jogada. E muito sangue sugou. Da nossa população. Há tempos, já desprezada. Já anda desconfiada. Com a tal licitação. Para combater os ratos. Urge a aquisição. De milhares de ratoeiras. Mas ninguém tem a coragem. De nelas botar a mão.

E o nosso presidente. Carismático e viajante. Já comprou seu avião. Já virou bom navegante. Não quer saber do escuro. Vive em cima do muro. Nosso mais nobre Pilatos. Só pensa em reeleição. Parece até o Fernando. No tempo do apagão. E com ele não tem pressa. Vive fazendo promessa. Pesquisa de opinião. Quem for pego em flagrante. Diz que vai para a prisão. Ainda nem construída. E pra andar na avenida. Comprou moto bem potente. Pra fazer muito barulho. Esse é nosso presidente. Que não pára um só momento. Na cadeira conquistada. E vive falando alto. De um circo já montado. Do espetáculo falado. O fantástico crescimento. Que nunca mais acontece. Por conta do endividamento. E de tanta falcatrua. Escândalo por toda a parte. É muita corrupção. O país da impunidade. O país do desemprego. O país que sempre enguiça. E pra falar a verdade. Sem rodeios eu lhes digo. Pra começar o conserto Parto dessa premissa. Vamos buscar o dinheiro. Vamos todos viajar. E morar lá na Suíça.
10 de junho de 22004














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