Minha doce Malubarni
Não queria lhe ofender
No cordel que escrevi
Eu só queria dizer
Que existe o modo certo
E pode ser descoberto
Por quem quiser aprender.
Agora vou lhe dizer
eu não fazia direito
meu cordel era quebrado
todo cheio de defeito
foi no usina que aprendi
Aos pouco eu evolui,
Pois fui pegando o jeito.
Eu não tenho preconceito
Só quero vê a beleza
Do cordel no modo certo
Seguindo sua natureza
Como fez o Patativa
Nessa arte pura e viva
Na sua essência e pureza.
Afirmo, tenho a certeza
Que você logo será
Uma mestre no cordel
E tudo certo fará
Pois talento você tem
E muita força também
Inspiração... Deus dará.
Se quiser posso ajudar
Como fizeram comigo
Aquele que me ensinou
Depois ficou meu amigo;
Malubarni minha flor
Pra mim nem é um favor
Fazer o mesmo contigo.
Eu já abri meu postigo
Abro a porta e o portão
Escancaro pra você
Minha alma e o coração
Fico de braços abertos
E os sentidos despertos
Lotados de emoção.
Eu serei o seu irmão
E parceiro no cordel
Se hoje cê é soldado
Entrando nesse quartel
Vai ganhando galardão
Subindo de posição
Logo será coronel.
Querida Malubarni, espero que com esse cordel, fique bem claro que não quis ofender a você nem a ninguém; mas é claro que aprecio o cordel dentro da rima e da métrica. Sei que ainda estou no aprendizado também. Tanto você querida Malubarni, quanto qualquer outra pessoa que quiser saber mais sobre cordel, e ter minha pequena ajuda e minha parca experiência, é só me pedir que estou à disposição. Saliento que as regras e diversos estilos do cordel, não foi eu que os inventou; essas regras, formatos, estilos e metrificação, já existem.