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Cordel-->A SINA -- 23/09/2001 - 14:22 (joão rodrigues barbosa filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O filho de um deputado
Começou a ter trejeito
E o pai preocupado
Por achar nisso defeito
Não de fabricação
Pois tinha nascido perfeito

aquilo era castigo
que ele não merecia
E para seu inimigo
Seria uma loteria
Ao pensar no vitiligo
entrou em quase histeria

Não era questão ideológica
Para o tal parlamentar
A nação psicológica
Por certo iria ajudar
Pura razão de lógica
É como devia tratar

Mandou o filho à França
Chegou até a rezar
Sempre com a esperança
De tudo aquilo acabar
E deu uma grande festança
Quando ele foi regressar

Convidou a vizinhança
Mas sem nada revelar
Do motivo da frevança
Para ninguém espantar
Era aguardada a chegança
Com champanhe e caviar

Já tinha feito aliança
Até com o PSDB
E pra equilibrar a balança
Também fez com o PT
Pois seu filho era um Bragança
E todos iriam ver

No dia tão esperado
Em que o filho chegou
Um pouco exasperado
Ele ao filho perguntou
Em qual carreira formado
Queria ser ele doutor?

E falando em alto brado
Bem sério o filho falou
Quero se advogado
Que tudo de lei estudou
Chego um dia a magistrado
Um verdadeiro doutor

Vou coibir todas taras
Serei da lei tutor
Quero estar em todas as varas
E até em Pau de Arara
É para isso que dou

O pai de cara amarrada
Daquilo nada gostou
E pra sair da enrascada
Em que o filho o botou
Já com questão preparada
Logo a ele perguntou

Se tu fosses um animal
Por ti, qual seria o escolhido ?
Que não seja o Pica-Pau
Pois acho ele atrevido
Faz um barulho anormal
Que faz doer o ouvido

Meu pai eu queria ser
Um bicho que danado é
Que vive em rio e alagado
Que se chama jacaré
Que se defende com o rabo
E não gosta de mulher

O pai quase na final
Ainda tentou reverter
Se fosses um vegetal
Qual o querias ser?
E num tom bem natural
Passou ele a responder

Por ele tenho carinho
Combina com meu olho azul
Eu gostaria de ser
Era um baita de um chuchu
Pois dá o ano todinha
E dá mesmo pra valer

Dessa estória se conclui:

Quem nasce para viado
Não carrega uma cruz
E filho de deputado
Ainda brilha com mais luz
E não será humilhado
Quando for comer cuscus
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