CORDEL TEM REGRA !
Daudeth Bandeira, em 23/07/2004
Não sou um dos favoritos
renomados menestréis,
mas igualo os meus CORDÉIS
aos melhores escritos;
neles, há três requisitos,
métrica, rima e oração,
e a dramatização
é natural que exista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
Meu avô MANUEL GALDINO
foi cantador violeiro,
cordelista brasileiro,
desse interlan nordestino;
comecei desde menino
honrando essa tradição,
com Pedro, Chico e João,
cada um bom repentista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
Aprendi lendo LEANDRO,
que vingou no solo seco,
João Ferreira, Zé Pacheco,
Manuel Camilo e Nicandro;
fui de meandro em meandro,
alcançando a perfeição,
e ainda pego lição
de Paulo Nunes Batista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.
João Ferreira de Lima
e uma dúzia de Manés,
fizeram muitos CORDÉIS,
sem arranhar uma rima,
escreveram obra-prima,
que causa admiração,
siga essa direção,
pra ganhar apologista.
Para ser bom cordelista
tem que se ter vocação.