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Cordel-->Aos ventos do estro de Bragal = Actualização -- 06/08/2004 - 11:04 (António Torre da Guia)
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Torre da Guia = TG
A palavra fio a fio
Aqui tece a mel e fel
A nossa pele em cordel
Todo bragal com brio
BRAsil
Daniel Fiúza = DF
No vocábulo que crio
Tecido com emoção
Meu poema aceso em cio
Fecunda meu coração
TG = 5
Bonitos... Felizes tempos
Foram esses Daniel
Dias com asas de mel
Para aprender a voar
Sob a luz da alvorada
Que me fazem recordar
A primeira namorada
DF = 5
A minha primeira amada
Foi no meu tempo dourado
Eu só tinha doze anos
Mas fiquei apaixonado
Seu nome era Carolina
Amei aquela menina
Tesouro do meu passado
TG = 6
Oh... A minha?! Que céu-dado
Chamava-se Manuela
Mais velha mas muito bela
Minha mestra corporal
Que me enchia de rubor
E ardendo de esplendor
Usava-me em mão total
DF = 6
Carol... foi especial!
Em sentimento e beleza
Muito à frente do seu tempo
Prodígio da natureza;
Tudo nela tinha luz
Seus olhos eram azuis
Parecia uma princesa.
TG = 7
A Nelinha ?... Era acesa
E acendia-me a mim
Horas e horas sem fim
Que ficavam na promessa
Que eu trazia na cabeça
Em amor incandescente
Jovem feliz permanente
DF = 7
Carolina infelizmente
Foi rápida na minha vida,
Mas o tempo que ficou
Foi a jóia mais querida;
Hoje só resta lembrança
Desse tempo de criança
Nessa saudade sentida.
TG = 8
A Nela enfim de saída
Fez grande desilusão
Ao trair minha paixão
Pois de repente casou
Mas dela a recordação
Da memória que restou
Nem tudo o tempo levou
DF = 11
Há muito tenho labores
Trabalho desde de guri
Aos nove já era órfão
Precisava me buli
Minha mãe tinha mais sete
Era quase um escrete
De bocas pra consumir.
TG = 12
Acabado de atingir
Os sete anos de idade
Pleno de ansiedade
Fui levado à escola
Único filho mimado
Com mil sonhos na sacola
Pra ser homem bem formado
DF = 12
Fui garoto de mandado,
Eu fui boy, fui jornaleiro,
Já trabalhei no comércio
Vendedor e bodegueiro
Fiz quase tudo, não nego!
Só não fui guia de cego
Nem ladrão ou caloteiro.
TG = 13
Dez anos de cativeiro
Internado num colégio
Parecia ser privilégio
De um filho da burguesia
Que só por firme revolta
Logrei me sentir à solta
Para fazer o que queria
(continua)
TG = 1
Sou filho de Portugal
Arauto em português
Aos ventos que Dona Inês
Pediu socorro final
Mas os ventos prosseguiram
A fingir que não ouviram
Como hoje tal e qual
DF = 1
Sou brasileiro cabal
Lá das bandas do Nordeste
Depois migrei pra São Paulo
Deixei a zona do agreste
Não digo que sou o bom
Mas pró cordel tenho dom
Pois sou um cabra de peste
TG = 2
No Porto tive por teste
O meu encontro primeiro
Com as tripas de um tripeiro
Que era um cabra assim-assim
Mas que no fundo e enfim
Deixou-me de semi-cabra
Aos pinotes à palavra
DF = 2
O início da minha lavra
Foi logo de tenra idade
Entre cantadores de feira
No auge da novidade
E daí me apaixonei
Tanto que não mais parei
Na inspiração que me invade
TG = 3
No meu caso a verdade
Dos primeiros passos meus
Ao abrir da mocidade
Dei-os com João de Deus
Que me entranhou o encanto
Dos versinhos pigmeus
Que hoje faço e agiganto
DF = 3
No cordel me levanto
E me deito sectário
Por ser meu quinto elemento
Com ritmo centenário
Criatura do momento
Em parto de sentimento
Como o ar tão necessário
TG = 4
Do enorme relicário
Em cordel no Brasil
Desconhecia o redil
Que parece um santuário
De poetas rendilhados
Pelo povo proletário
Em belos versos suados
DF= 4
Dos mestres bem preparados
Segui seus ensinamentos
Na forma, rima e métrica
D alma junta aos sentimentos
Fui discípulo aplicado
Com rumo disciplinado
Nas lições e complementos
DF = 8
Adolescência chegou
Hormônios em profusão
Só pensava em garotas
No beijo, abraço e emoção
Vivia pra namorar
Com as gatinhas ficar
Nessa gostosa missão.
TG = 9
Algo da Manela então
Entranhado como vício
Mais ainda em bulício
Me despertou a codícia
Com a Emilia... Com a Rosa
Ó que vida tão ditosa
D aventura e delícia
DF = 9
Comecei a ter malícia
Querendo bem mais que beijo
Nos apalpos mais intensos
O corpo delas almejo
Com a Tereza e Maria;
Eu fiz muita estripulia
Pra saciar meu desejo.
TG = 10
Do Douro até ao Tejo
Entre Porto e Lisboa
De rabelo ou de canoa
Percorri as capelinhas
Daquele tempo em louvor
Das perdições do amor
Rezei por tantas alminhas
DF = 10
Eu fugia das certinhas,
Sem querer seriedade
Maria, Lúcia ou Joana!
Ao entrar na puberdade
No primeiro sutiã
Eu tirava num afã
Pra minha felicidade.
TG = 11
Por mera curiosidade
Do rol de meus amores
Também uma Felicidade
Vera, Sara e Dolores
Fizeram do meu passado
Um cordel versejado
Entre rimadas flores
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