A ciência faz flor, fruto e semente,
mas não dá-lhes o sopro original
Daudeth Bandeira, em ago/2004
Se constata nos códigos da mecânica,
alavanca, esfera e rolamento,
se igualando a qualquer desdobramento
da genética, da física e da botânica,
e na química orgânica e inorgânica
se distingue qualquer material,
cientista, pra nós é genial,
mas pra DEUS esse gênio é inocente.
A ciência faz flor, fruto e semente,
mas não dá-lhes o sopro original.
A ciência é capaz de engendrar
borboleta de fibra e celulose,
sem a fenomenal metamorfose
jamais voa sozinha pelo ar.
Quer dizer, ela pode até voar,
mas não pousa na flor do vegetal,
se pousar por comando instrumental
não desfruta da flor, que ela não sente.
A ciência faz flor, fruto e semente,
mas não dá-lhes o sopro original.
Cientista, diante sua alteza,
eu consulto-lhe gotas de humildade,
se exalte perante a humanidade,
mas se curve perante a natureza,
elimine a mania de grandeza,
se reduza ao ponto inicial,
seu princípio é também Neandertal,
quando a gente não era ainda gente.
A ciência faz flor, fruto e semente,
mas não dá-lhes o sopro original.
Cientificamente não há gênio
que construa uma flor, de modo harmônico,
que à noite libere gás carbônico
e ao dia libere oxigênio,
vai milênio seguido de milênio
não conheço esse gênio universal,
só conheço um saber transcendental,
é de DEUS nosso pai onisciente.
A ciência faz flor, fruto e semente,
mas não dá-lhes o sopro original.